sábado, 31 de maio de 2008
monitores vazios
Almas apagadas, pequenas partes de um estudante que já desistiu há muito de brincar. Não me gozem, não peçam mais de mim, não queiram que finja criancice e renegue planos maduros. Deixem-me crescer, não me ponham pesos sobre a cabeça, deixem-me evoluir, não me prendam a vosso lado só porque precisam de companhia. São tristes, não me façam soluçar. São pedintes, já não tenho nada para vos oferecer. Libertem-me que mais cedo voltarei. Não me obriguem a detestar-vos, compreendo-vos, sei o que vos faz mexer, eu também me mexo, não vêm? Se soltarem as cordas dos tornozelos talvez vos possa mostrar, que também eu sou grande, que também eu sei onde pôr os pés. Gosto demasiado de vocês para vos deixar manter-me aqui. Jogo o vosso jogo para que não notem a vossa própria pequenez... tenho pena. Porque são tristes? Tenho pena, mas não me posso preocupar convosco. Parem de querer que seja mais igual do que sou. Estou aqui, não vos chega? Não me viram já? Agora deixem-me ir. Também eu sou grande. Deixem que vos mostre, não me prendam mais. Só se sentirão mais pequenos depois. Não vos quero guardar rancor. Não me guardem a mim. Deixem-me saír destas paredes, soltem-me destes corredores, tirem-me da frente esses papéis de letra miúda e parágrafos torcidos. Falem comigo e não por mim. Não somos diferentes dessa maneira...
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Anacleto e Lucrécia
História de terror, de duas almas depenadas que se conheceram um dia, com anos de diferença. Ele, homem sem alma, ela, mulher sem corpo, não encontraram as palavras que os uniam. Dedilhando entre sílabas átonas, perfilando contornos em contraponto, não se sentiam, não se conseguiam enxergar. Passaram os raios a queima-roupa, a luz da vidraça que, partida, lhe coloria o sentido. Vieram as multidões que lhes demonstraram a impossibilidade de viver infeliz. Anacleto e Lucrécia, o casal predilecto do diz que disse, mas depois não fez.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
quarta-feira, 28 de maio de 2008
domingo, 18 de maio de 2008
sábado, 17 de maio de 2008
sexta-feira, 16 de maio de 2008
o homem que se julgava um banco
quinta-feira, 15 de maio de 2008
quarta-feira, 14 de maio de 2008
se tu visses...
Qual teste de Roscharch, qual mancha consciente que me turva constantemente a paisagem, deixando tudo o que de menos se espera para plano de fundo, reunindo aquilo que se deve pela frente. Esperas à porta de casa, esperas à porta da escola, esperas à saída do carro, à saída do zoo, a saída de uma porta aérea, a chegada de uma outra mente etérea, um sonho que se conhece, uma imagem que se reteve... vês-me daí?
terça-feira, 13 de maio de 2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
mens sana supra tabula rasa
domingo, 11 de maio de 2008
pinturas de guerra
sábado, 10 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Argoladas
De loop em loop, de conversa refeita em diálogos ecoados, da partilha de filosofias para a compartilha de ideias. Mesas redondas, discos rígidos, sorrisos infantis e gargalhadas maduras de cerveja fresca e vinho do velho. Loop de loop círculos fechados nas pontas dos dentes, com palavras da ponta da língua, escrevinhando projectos de cabeça. Falo de cór, falo da alma. Apanhada desprevenida, falo de tudo. um pouco.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
terça-feira, 6 de maio de 2008
conversas de Alzheimer VI
tirando cartolas do coelho
Quando nos pedem fazer algo que está completamente fora das nossas capacidades, quando querem que sejamos alguém muito mais eficaz do que somos. Quando os recursos que temos quase não chegam para o que precisamos... aí sim, demonstramos a nossa habilidade enquanto dançarinos, músicos e profissionais da ilusão.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
domingo, 4 de maio de 2008
sábado, 3 de maio de 2008
sexta-feira, 2 de maio de 2008
rugas e vapor...
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