
Terríveis dias de luz fugidia, que também ela temia o sopro invernal que gela as ideias sob o capacete russo de cabeleira fina. São noite os dias e noites as noites e frios os gesto e tremidos os sentdos de palavras perdidas no abafo tricotado de conceitos gelados e pontas de nariz pingantes. São tremendas as forças que impedem o passo, que gelam o compasso num tempo recortado em frieira. São tontas as feiras sem delineamento em papel, cada vez mais longo o momento entre o piscar do olho e o levantar da pálpebra, gorda de sono, endurecida pela escuridão e a malícia de um sopro friozinho, tremidinho, sacaninha...