engrenhar, na varanda de outrora, no sonho que não se refez de ter acordado, sonhado uma vez por outro canto que não esse que se pendura dengoso na linha de molas em vertigem contínua da varanda. Do vizinho, os soluços. Soluções e dissuasividades deixadas por debaixo da porta, de esgueira, de timidez intimidade pelo crescer penoso de mais uma insipiência. Que demorem a crescer. Que se mantenham pequenos e alheios. Ressoarão sempre as ideias novas doutra garganta, as sibiliantes de outro bolço. Baloiço imparável, sem controle nem afinidade. Louco pela prisão que o retém e devolve sempre para trás de onde espreita, mais uma vez. O horizonte. A camélia dessas línguas estrangeiras. O pé de fiandeira para sempre amarrada ao seu fuso horário.
imagem original para Revista Inútil #01-2009