- A questão permanece, meu caro, por resolver; sendo que a presente situação de adossagem de perspectivas diferentes mantém-se como impraticável por uma extensão temporal prolongada, visto a impenetrabilidade de entidades em permanente contacto nem sempre substancia a melhor das relações de parceria ou de complementaridade...
- Senta-tequieto, vá, que te conto uma história de quando era miúda... desses tempos antigos, em que a mágoa andava disfarçada de colina e missões de vida estendiam-se não mais longe que o meu polegar....
- Meu caro, se soubesse a quantidade de vezes que me perdi a meio de um raciocínio brilhante apenas para em encontrar isolado e sem uma orelha a quem confiar o mínimo resquício permanente.
Que me levam ao de leve por entre as figueiras e os malmequeres, por entre bandeiras despregadas e fartas cabeleiras. São gedelhentos s ventos que me sopram em direções indeterminadas. Parti o leme, deixei de temer o percurso racional. São minhas as ideias, meus os dedos e meu o toque que o apazigua. São totos os caminhos de ar quente e fracas as esperanças de voltar. São todos os que me viram e outros tantos que surtiram o efeito de uma passagem... ao de leve.
que encontrei no canto do meu quarto, embora fosse outro que soltasse o respir.rar profundo, soturno e inquebrável. Já pouco me verga a coluna mais do que quando me esquivo e apanho os rolinhos de penas esquecidas de sob o colchão. Foram taciturnas as noite sem ervilhas, rotundos os sonhos e encaracolada a sugestão de algo que pudesse ser talvez mais, talvez porque já o fora, talvez porque ainda o queira ser.
- Diz-se por aí que andará à solta um monstro horrendo com um afome atroz por menores desdentados, que se esconde por entre os arbustos afiando os dentes... aguardando... Parcee que a única coisa capaz de deter tamanha fome insaciável é chocolate... de leite!
Maldizendo os tremidos amigos escondidos à beira de um precipício gravitante, de uma força suplícia de novos sacrifícios e pestes imundas fecundas de meias ideias e palavras feitas para rebentar com a voz. Cantemos, pois então, irmãos do mesmo fraque, uma cantiga de absolvição.
vendo-os a preço rasto, seguido apenas pelo pó do chão que nos enche o pulmão e eriça a voz e desafina o pensamento intruso, obtuso, lindo na sua emergência de surgir, bradado, quebrado, reprovado e retorcido na sua insatisfatez, a sua pequenez de miar desajeitado escondido num peito travado a malha de t-shirt serigrafada.
Desaforos e desalinhos... meias de vidro, camurça e trilhos. Perdidos. Somados. Ressequidos, os ventos do rio. Trovam gaivotas no oceano. Se bem me lembro, era dali que vinham.
...que se julgavam balançar sem que ninguém os visse, por cima de carecas alheias... verdade foi que ninguém nem nada os apanhou. E no fim, não ficou mais do que uma história a par das realidades.
- Li no outro dia que certos indivíduos são capazes de prever qualquer acto que possamos vir a fazer na vida, qualquer escolha, mesmo que a nós nos pareça aleatória, apenas pelos pontos em que olhamos numa folha de papel!