sexta-feira, 11 de março de 2011

A quem se dão

os limões... as gotas ásperas e as reticências diásporas, a quem se suspiram os doces desejos de quem não esquece? Padecem os que não sonham, os que deixaram de ver para além do vidro. Morrem de frio as ideias que já não dão a ver o suspiro de um enternecer. São looucas as folhas que não são escritas, irrequietas as unhas que já não as pintam. Entorpecem as pálpebras, não pela hora, nem pelo sono, mas pelo morar de um desejo. Pelo passear de um fraquejo que apenas ao relento se expõe. São luzes nas telhas. São brilhos no olho do vizinho, o que acorda o dia e deita a tarde sob um manto de sons que se erguerão depois. muito depois. muito mais tarde. ou demasiado cedo. venha o limão e a escolha.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 
Mariana Perry