quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Loucura pura e dura


Quando à frente do nariz vemos algo que não devia estar lá, será vontade de arrumo ou miragem? Quando sentimos nos pés passos que terão ainda de ser comprovados, mas que se assumem na sua colocação, será tremenda ansiedade ou reconhecimento de bailante deslocação? Quando se ouvem vozes que não foram sopradas, será vento de tempestade ou memórias que se ressentem em apagar? Quando adormecemos ao frio, será cansaço ou por ventura romantismo? Quando tememos aquilo que os sentidos nos podem obrigar a ver, será dor antecipada ou afecto retraído? Quando deixamos de querer ver aquilo que a janela nos traz, seremos então melhores candidatos à cegueira ou aprendizes de merceneiro...
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Mariana Perry