quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sorvendo fumos

Em copos de veneno liofilizado e rehidratado, são pequenas as partículas precipitadas. Estranhas as gotículas que se amontoam do outo lado do vidro, aqui tão longe, estranhas porque não as toco. da mesma maneira que deixo de ouvir as vozes que me entram pela raiz dos cabelos e se alojam ao fundo do pescoço, ali, onde a nuca de depara com uma tremenda falta de etiqueta à imagem da língua que ressente uma falta de chá que não convém a uma senhora de calibre 12.6... Não que conheça nenhuma... ou talvez seja essa quem se ouve quando a cabeça gira em parafuso até ao calor abafador da fronha que nos emoldura o perfil num mar de pintas e riquinhas e, quem sabe, florzinhas, porque não? aos pés, uma moldura barroca de lenços assoados assentes sobre o soalho que há muito deixou as pretensões de aprender a voar. Boa noite, meus caros, que o dia ameaça...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 
Mariana Perry