quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

marindas

tarimbas e batuques ecoavam nos vales recortados das vielas sem fundo. Molhados de ideias velhas, descabidas de memórias passados. Cabelos negros enrolados aos cantos, caídos de uma janela fachada. Perdida entre os tijolos descarpados, atentando a subida po resses muros húmidos e escorrentes acima, torcem-se as unhas de um pedido esquecido de vida, um sussurro sumido de tanto gritado por dentro do estuque. Dessews furinhos na argamassa sibilavam ainda os cantares de outras mágoas, outras águas vertidas e rebentadas por entre sonhos de compleição rebatido sobre uma dura frieza de reviver. São erros, esses qu ainda deambulam por essas vielas, são mal esquecidos, que impossíveis de obliviar completamente as suas intenções, escondem-nas nos bolsos de calças torcidas. São cantos, cantos cheios de ideias trocadas por miúdos, são trocos as résteas de vidas que ainda permanecem a pés-meios com poças de outras tréguas. São demasiados os medos que consomem os fios expostos a um sol de verão cego. As dívidas, essas, ficam po rali a ganhar bafio, mas não desaparecem, crescem enquanto acumulam pó, crescem enquanto enganam mas uma pobre ideia mal parida. São a metades e são sem meios dali saír. são cães encuralados entre o medo de comer e a fome de saír. Partidos entre os anéis de carcaças, de bicharada perdida em desespero, restam sombras finas rasgadas pela falta de vento.
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Mariana Perry