quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Estirador, tirante...

Soltam-se as trevas, lançam-se os trevos ao chão molhado. De festa e papelinhos de cores se fazem as vozes, de gritos os rugidos de um bêbado bamboleando na estrada brilhante. São doces os bafos trilhando caminhos passados, atravessados de linhas traçadas no chão numa côr que nem a noite apaga, nem a festa ofusca, nem os passos tapam. São doidos os que se escondem atrás de estores cerrados, não sabem eles que a festa chega a todo o lado e se esgueira em todos os cantos? Quantos mais melhor, ou assim se diz. Diz que sim! E diz que urra! E diz que vai chover! E diz a esse que esteja calado, passa-lhe a alegria, que a noite é uma criança demasiado sóbria.
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Mariana Perry