sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Perguntas pertinentes

Sempre, deste lado da mesa, nunca, desse. Perguntas nos olhos, mãos na testa, em suspiro, preso nos lábios com a pergunta que nunca se pode colocar. Quem está em avaliação premente, quem sugere uma solução convenientemente estudada, quem se lembra do que viu em passos de outrora e em caminhos esquecidos de tão contornados? Sempre assim foi, nunca mudaria. Não agora, pelos menos, não agora e sobretudo não de repente. Nos desertos macios e suaves, descritos e enumerados colocaremos o pé no socalco reconhecido. O que nos impede sempre de nunca sair desse trilho? O que nos relembra que aqueles olhares são de facto os mesmos que, pertencentes a outros olhos, marcaram os nossos nessa distorção que tanto nos marcou o ombro. Pendura sempre em negação absoluta.
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Mariana Perry